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sexta-feira, abril 28, 2006 

A combinação imperfeita: Hamas, Israel e Paz


Há alguns dias atrás, no sítio oficial de uma estação de televisão portuguesa, podia ler-se o seguinte: Hamas preparado para a paz com Israel. Quem o disse foi Khaled Mechaal, chefe político do movimento radical palestiniano. O Hamas está preparado para viver em paz com Israel mas, para isso, "Israel deve retirar-se dos territórios que ocupa desde 1967. Isto inclui a capital, Jerusalém, e o direito dos refugiados [palestinianos] de regressarem às suas casas, bem como o desmantelamento dos colonatos judeus, a destruição do muro de separação e a libertação de todos os detidos".
Acredito que de facto o Hamas está disposto a negociar a paz com Israel, por razões evidentes. Só não sei de que forma isso será possível, não sei até que ponto a solução proposta surtirá o efeito desejado, porque há uns anos atrás o fundador do Hamas, Ahmed Yassin, apostou na mesma medida que Mechaal e, surpresa das surpresas, tudo continuou como antes! É óbvio que Israel nunca vai ceder às exigências feitas pelos palestinianos. E porquê? É simples: a área ocupada pelo Estado de Israel tem evoluído em relação ao território inicialmente previsto pelo plano de divisão da Palestina em dois estados, votado na Assembleia Geral da ONU em 1947, sem uma consulta prévia aos árabes! E é evidente que os judeus não vão desperdiçar a pátria que lhes foi oferecida para poderem viver de forma livre e sem perseguições.
Mas agora pergunto eu: por que razão Theodor Herzl sugeriu a criação do Estado de Israel na Palestina? Estará relacionado com o facto de a terra prometida por Deus aos hebreus se situar, de acordo com as escrituras bíblicas, onde é hoje Israel? Ou será que foi pela sua privilegiada localização geográfica, clima e recursos naturais? Apesar de pequena em tamanho, a terra de Israel está estrategicamente bem situada, pelo que conquistar Israel era, e ainda é, um objectivo para as nações que querem controlar o Médio Oriente.
Preferia acreditar que foi pela primeira razão. Mas não me parece…

Sinceramente acho que a coexistencia pacifica entre os dois povos é impossivel, pelo que o mais forte prevalecera. E o mais forte é facil de ver quem é, Israel claro. A paz so existirá após uma guerra.Quanto as razoes que leveram à escolha do territorio é para mim obvio que foi uma combinaçao das 2 que mencionaste.Se alguem tiver de controlar o medio oriente que seja israel.

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Não haverá paz entre aqueles países enquanto for o Hamas quem governa a Palestina, porque se recusa a ceder um milímetro naquilo que mencionaste; terá de ser um partido centrista como a Fatah a encetar negociações com o Likud e o Partido Trabalhista (e acredito que esta seria a altura ideal para Abbas dissolver o parlamento palestiniano, porque a coligação israelita vigente já demonstrou abertura às negociações. A Fatah foi punida pela corrupção; assim ganhou o Hamas, que mais facilmente se aliará ao Irão do que encetará negociações com Israel. Aliás, a palavra negociação não existe no vocabulário do movimento radical).

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Essa "combinaçao" de partidos ja aconteceu e esse acordo nunca se realizou, mesmo com os esforços da comunidade internacional. Para mim a via diplomatica ja nao é uma opçao.

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