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quarta-feira, maio 10, 2006 

Não é o fim do Mundo… mas pode ser o fim de um clube

Nota aos companheiros de redacção e aos respeitados leitores: Prometo que depois deste post não usarei mais este espaço como veículo para as minhas opiniões futebolísticas – pelo menos até ao início da próxima época!






O campeonato acabou neste fim-de-semana e o grande choque foi a descida do Belenenses (não vou falar mais do Benfica) que assim irá acompanhar Penafiel, Rio Ave e… Vitória de Guimarães.
Ora, era precisamente sobre o Vitória Sport Clube que eu gostaria de falar. Todos nós – principalmente os minhotos – reconhecemos a força que este clube tem na região e a moldura humana que consegue movimentar. Por isso mesmo, a sua descida de divisão assume dimensões ainda mais catastróficas para o seu futuro.
Já muito se disse acerca do facto de Vitória ter planeado esta época para atacar a UEFA e voltar a ficar nos cinco primeiros e, quem sabe, lutar pelo lugar de “grande” minhoto com o Braga.
Nada mais falso. Apesar do treinador – campeão pelo Boavista – e dos reforços de “luxo” – Saganowski, Benachour, Neca, Dário e, em Dezembro, Wesley e Antchouet – o Vitória nunca conseguiu acompanhar o ritmo dos grandes, pese embora tenha sido a única equipa nacional a entrar na fase de grupos da UEFA.
Para os mais esquecidos, lembrem-se que o Vitória perdeu os quatro primeiros jogos da época (Naval, Rio Ave, Braga e Belenenses) e ganhou apenas 8 (!!) jogos durante toda a época, tendo marcado 28 golos – 2º pior ataque – e sofrido 41 golos – teve a melhor defesa entre todos os “aflitos”.
Um campeonato é uma prova de regularidade, e quando se tem um registo tão pobre não se pode pensar em grandes vitórias.
Na época passada Manuel Machado – um treinador competente mas do qual não gosto – contra ventos e marés levou a equipa ao 5º lugar - esta época fez o mesmo com o Nacional – mas, mesmo assim, não resistiu aos desejos de grandeza do Presidente, que via em Jaime Pacheco – é preciso não esquecer que os adeptos vitorianos “exigiram” Pacheco ao seu Presidente – como o melhor treinador para levar o Guimarães ao topo do campeonato e justificar o epíteto de “4º grande”.
Saiu-lhe o tiro pela culatra. Primeiro porque Pacheco é um treinador “à antiga” sem respeito – nem interesse – pela evolução das metodologias de treino e segundo – talvez por derivação do primeiro ponto – não conseguiu criar empatia com o plantel.
Quando a solução “D. Sebastião” não resultou, e Vítor Magalhães se viu forçado a procurar novo “mister”, optou por mais um dos “novos Mourinho”: Vítor Pontes. Sem querer beliscar as capacidades de um treinador que, por exemplo, nunca perdeu contra o Benfica e que realizou um trabalho competente em Leiria – mas também o Peseiro o fez na Madeira – nunca se mostrou identificado nem com o clube, nem com a cidade nem com o plantel (que não está isento de culpas. Basta ver a relação salários à produtividade).
Agora perspectiva-se o calvário da II Liga. O Vitória irá perder as receitas da televisão, mas deverá continuar a contar com a sua legião de fãs, o que lhe possibilitará manter um valor de bilheteira mais elevado.
Todavia, é inegável o choque que o clube vai sofrer com a descida. A II liga quer dizer menores receitas e as mesmas despesas.
O plantel deverá sofrer nova remodelação, mas será que conseguirá a subida? Na próxima época apenas 2 equipas sobem e o Vitória irá contar com a oposição de Belenenses e Rio Ave, numa primeira linha, e com Penafiel, Leixões, Olhanense e Varzim numa segunda, ou seja, a subida não vai ser assim tão fácil.
Mas, depois há um outro problema. Se atentarmos à história do nosso futebol, nenhum dos históricos – uma vez despromovido – conseguiu voltar no imediato ao seu antigo nível. Por exemplo, o Belenenses, que já foi campeão nacional, depois da sua primeira descida em 82 não mais chegou aos seus patamares anteriores, o mesmo se passando com Setúbal, Leixões, Académica, Barreirense, etc. As únicas excepções serão o Boavista – que não desce há 38 anos – e o Braga – 32 anos seguidos na 1ª - mas a emancipação destes deu-se muitos anos depois e acompanhados por uma revolução ao nível directivo.
Prevejo que os próximos anos serão muito difíceis para o Vitória. Os seus associados terão que ter muita força e acreditar na força do clube.
Os jogadores e treinadores terão que se aperceber da dimensão do clube que representam e jogar ao nível exigido.
Mas, a grande questão, são os dirigentes. Todos sabemos que a qualidade média dos dirigentes portugueses é baixa, e isso tem trazido consequências negativas para os clubes.
A questão que se coloca no caso vitoriano é muito simples: Serão os seus dirigentes, actuais e futuros, capazes de encontrar as causas dos problemas – económicos e desportivos – do Vitória, resolvê-los e devolver o clube, de grande dimensão regional, à primeira liga e à luta pela Europa?
Caso o consigam, então esta descida foi um passo atrás necessário para dar alguns em frente e dar alguns troféus ao clube, que não colecciona nenhum desde a Supertaça de 1988.
Se esta descida não for vista como uma forma de corrigir os erros e encontrar novas soluções para o futuro, mas sim como uma altura de arranjar culpados e vandalizar carros e propriedade do clube, então o futuro do Vitória será negro… muito negro.

Segundo plano o Leixões??? Acho uma piada estes mouros!!! VIVA O LEIXÕES!!!

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Bem-vindos à II... pró ano há mais

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Nunca haverá fim para o Vitória. Acredito mais depressa no fim do mundo do que no fim do clube! A massa associativa pode vandalizar carros e propriedade mas o amor ao clube, além de impressionante, será sempre muito maior e mais forte que as opiniões negativas e invejosas...

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Ve-se mesmo que estes marrokinos nao sabem o k é amor a um clube. O meu vitoria podia ir pas distritais que continuaria a ser o quarto clube portugues com mais socios.Ao contrario da merda do braga que so tem muitos adeptos quando ta na mo de cima o Vitoria tem adeptos FIEIS. Nem sker leio o post...pk nao percebes o que é ser de guimaraes e muito menos vitoriano. VITORIA ATE MORRER

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o braga nem é praki xamado, seu facioso

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*faccioso

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em primeiro lugar, e ao contrário daquilo que o título pode sugerir, o post incide na componente de mudança que o clube terá de operar de modo a voltar a ser grande. não se trata de "deitar abaixo" o vitória, nem duvidar da fidelidade dos seus adeptos. o vitória é um grande clube em termos de massa adepta, mas terá que passar por fortes mudanças para o voltar a ser a nível desportivo.

quanto ai braga, acho injusta essa crítica. o clube tem conseguido nos últimos anos criar uma mística em torno de si, o que, aliado a uma administração competente, tem ajudado ao crescimento do clube que é, para todos os efeitos, o actual 4 grande de Portugal.

Se acharem essa denominação muito forte, então prefiro "o clube mais forte da segunda linha do futebol português".

PS: O Leixões tem uma massa adepta de fazer inveja a muitos clubes da 1ª, mas não tem um presente desportivo que sustente essa mesma massa.

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